Malvada tensão, tristeza e decepção. Essa é a rotina diária da mulher que trabalha fora e que ao chegar a casa verifica que seus queridos, marido e filhos, não se incomodaram com as coisas que precisavam ser feitas, deixando tudo por fazer.
Ao criar o homem, Deus plantou um jardim no Éden, onde o colocou com a responsabilidade de “cultivar e guardar”. No entanto, o Senhor entendeu que não era bom o homem ficar sozinho na administração e realização de todas as tarefas do jardim, pelo que criou também a mulher para que fosse sua “auxiliadora” na condução dessas tarefas (Gn 2: 7, 8, 15, 18).
Posteriormente, veio o pecado e, como conseqüência de sua prática, dentre outras, Deus condenou a mulher a estar sob o governo de seu marido na administração dos negócios da família Gn 3: 1-6, 16).
A partir daí, numa interpretação conveniente, muitos homens iniciaram o seu tempo de mando sobre a mulher, ao ponto de alçarem-se à condição de seus senhores, transformando-as em verdadeiras escravas de sua preguiça e comodismo. Leis também foram feitas para assegurar os privilégios masculinos e os sofrimentos femininos.
No Brasil, até 2002, quando entrou em vigor o atual Código Civil, o ordenamento jurídico mantinha essa situação de “pátrio poder”, ou poder do pai tanto em relação aos filhos, quanto em relação à mulher. Hoje, conforme essa nova legislação, o instituto vigente é o do “poder familiar”. A mulher volta à condição de “auxiliadora” do homem, dividindo com ele o poder familiar.
Isso representou um grande avanço social em nosso país. Nunca fora a intenção divina que o homem dominasse a sua família com tirania. Mas muitos homens não entenderam isso e conseqüentemente tivemos milênios de abusos nessa área.
Já no Decálogo, Moisés registrava a proibição do adultério e a cobiça “à mulher do próximo”. O homem deveria contentar-se e ser feliz com a sua companheira. Também a mulher enquanto mãe deveria ser honrada pelos seus filhos (Ex 20: 14, 17, 12).
Salomão declarou que a esposa era um bem de grande valor e aquele que a encontrasse, teria alcançado a “benevolência do Senhor” (Pv 18:22).
Já nos dias da Igreja, o apóstolo Paulo doutrina sobre as relações familiares. Cada homem deve ter a sua própria esposa e cada esposa o seu próprio marido (1 Co 7:2). Quanto à questão do governo do homem sobre a mulher, a regra estabelecida é que essa submissão seja semelhante àquela devida ao Senhor. O jugo deve ser “leve e suave”, deve ser o jugo do amor (Ef 5:22; Mt 11:29-30). O domínio do homem é exercido pelo exemplo, pelas ações realizadas em favor da família e pela sua dedicação a ela. Nenhuma mulher está obrigada a viver com alguém que não lhe respeita, que não lhe tem consideração (1 Pe 3:7, Mt 19: 8). O domínio a ser exercido é o domínio do amor (Ef. 5:25, 28, 33).
Todavia, é de destacar que a Bíblia não mudou. Os homens é que não eram capazes de entender a mensagem dada pelo Criador, da mesma forma que ainda hoje não entendemos muitas coisas. Todavia, não devemos ignorar o que já está claro. “As coisas reveladas no pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos” (Dt 29:29). Está claro que o amor deve ser o elemento dominante na relação familiar.
Sejamos, portanto, parceiros de nossas esposas e de nossos filhos. Ajuda-los não é vergonha, é honra. Com certeza, exostem tantas coisas que podemos fazer por eles. Isso fortalecerá em muito o relacionamento e aumentará a felicidade de toda a família. Será muito útil não somente para este, como também para outros fins, a fidelidade à regra de ouro dada pelo apóstolo Paulo em Fp 3:16 “Andemos de acordo com o que já alcançamos”. Felicidades!
[1] Izaias Resplandes de Sousa, professor, evangélico, esposo de Lourdes e pai de Fernando, Mariza e Ricardo.
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