sábado, março 07, 2015

Dia da Mulher

A mulher cristã no século XXI
Prof. Izaias Resplandes
1. Introdução. Antes de tudo, façamos uma breve introdução sobre a mutabilidade e imutabilidade das coisas.
Assim diz a Bíblia em Hb.. 12:27: A palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.

É certo que, no mundo criado por Deus, temos uma constante evolução, um aperfeiçoamento das coisas feitas, de sorte que há muitas mudanças da noite para o dia. Apesar disso, sabemos que nem tudo é mutável e que certas coisas são perenes, são para toda a vida, são eternas.

Diz a Bíblia que, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento, para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos poderosa consolação, nós, os que nos refugiamos em lançar mão da esperança proposta, Hb. 6:17-18.

Vemos que apenas as coisas feitas podem mudar. O que é eterno é o que é e não mudará nunca. Quando Deus enviou Moisés para libertar o seu povo da escravidão no Egito, este perguntou-lhe sobre quem diria ao povo que o havia enviado, ao que Deus respondeu: EU SOU O QUE SOU. E disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós, Êxodo 3:14.

Deus é o que é: eterno. Sempre foi, é e sempre será. E assim, seus conselhos, orientações e determinações, por exemplo, são imutáveis. Seus pensamentos, que não são iguais aos nossos, são permanentes. Ele é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente, Hb. 13:8.

É muito importante que compreendamos bem o que seja mutável e o que seja permanente, para não incorrermos na tentação de querer mudar o imutável.

A Palavra de Deus é imutável. O que Ele disse para ontem, vale para hoje e para sempre. E esse é um dos legados mais preciosos que temos recebido do Criador, pois nos dá a segurança de que tudo será como foi estabelecido.

Maria de Lourdes Resplandes

2. O plano de Deus para a mulher. A mulher foi criada. Como algo feito, encontra-se sujeita às mutações do tempo. Embora todas sejam mulheres, cada uma tem a sua própria identidade. Mas os objetivos de sua existência enquanto mulher são eternos e foram estabelecidos pelo Criador, antes mesmo de criá-la.

Assim disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele, Gn. 2:18.

A mulher foi criada para ajudar o homem a cumprir a sua missão de conquistar e dominar o mundo criado, tirando dele todo o proveito para a sua existência. Homem e mulher deveriam seguir o princípio da cooperação, com o homem tendo a responsabilidade de liderar o processo e a mulher, a função de ajudá-lo na execução das decisões tomadas. E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne, Mc. 10:8.

É muito importante que homem e mulher compreendam as vantagens de agirem como casal, ao invés de fazerem um trabalho isolado e individual. Assim diz o Pregador, no Eclesiastes:  Há um que é só, e não tem ninguém, nem tampouco filho nem irmão; e contudo não cessa do seu trabalho, e também seus olhos não se satisfazem com riqueza; nem diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto é vaidade e enfadonha ocupação. Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa. Ec. 4:8-12.

Deus sabe sempre o que é melhor para nós, porque Ele está simultaneamente presente, tanto no nosso passado, quanto em nosso presente ou futuro. Ele vê todas as etapas de nossa vida ao mesmo tempo. E por isso sabe por que certas escolhas não são convenientes para nós. No entanto, Ele não quis ser um tirano e dotou-nos de livre arbítrio, princípio pelo qual nós temos a liberdade de escolha e de tomarmos as nossas próprias decisões, ainda que contrárias à Sua Palavra.

A mulher foi criada para ajudar o homem, mas tem a liberdade de estabelecer outro curso para sua vida. Todavia, o que Deus sempre desejou foi que, tanto a mulher quanto o homem seguissem, de bom grado, o plano de vida que Ele estabeleceu para o casal. Não por força ou por violência, não por obrigação, mas por entenderem que essa seria a melhor escolha.

Infelizmente, desde o princípio, desde o antigo Jardim do Éden, nós vemos o plano de Deus sendo quebrado. Já naquele tempo, encontramos a mulher tomando a iniciativa de um projeto, contrariando o que fora estabelecido por Deus quando a criou. Ela deveria ajudar o homem a executar suas decisões e não tomar decisões autônomas. Mas não foi o que aconteceu. No primeiro registro de atuação da mulher na terra, ela se apresenta fazendo uma reflexão sobre a validade da ordem de Deus de que seu marido e ela não comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, para que não morressem. Vemos a mulher discutindo o assunto com a serpente e depois concluindo que, provavelmente, Deus errara, porque o fruto daquela árvore era bom para se comer, era agradável aos olhos e, realmente, parecia bom para dar entendimento. E diante disso, tomou a decisão de comer do fruto e depois deu ao seu marido, o qual também comeu. E isso foi a introdução do inferno na vida da humanidade.

É de saber que embora tivesse a liberdade de fazer a escolha que quisesse fazer, a melhor escolha era obedecer a ordem daquele que sabia de tudo o que iria acontecer; o melhor seria ouvi-lo e obedecê-lo, pois Ele havia dito que não comessem, porque se fizessem essa escolha encontrariam pela frente o caminho da morte.

Salomão escreveu: Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte, Pv. 14:12.

É certo que temos o direito de escolher o que fazer de nossas vidas, mas existe escolha e escolha. Podemos seguir nossa própria opinião ou podemos seguir os conselhos e orientações da Palavra de Deus, os quais, às vezes, mesmo sem compreender direito, pela experiência e pelos exemplos que temos, certamente serão as nossas melhores escolhas.

Voltando ao Éden, novamente vamos encontrar a mulher diante de uma nova decisão de Deus, resultante do julgamento de sua escolha anterior, de comer do fruto proibido.

Assim disse Deus à mulher:

Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará, Gn. 3:16.

Deus reafirma a posição de liderança do homem em relação à mulher. A este caberia a tomada de decisão e à mulher ajudá-lo na execução. Para que as coisas pudessem ser concertadas dali para frente, o desejo de fazer qualquer coisa seria do homem, como desde o princípio fora. Essa foi a decisão de Deus. E muitas mulheres, no exercício de seu livre arbítrio, optaram por conduzir suas vidas dessa forma, tendo casamentos felizes e duradouros. Outras, porém, exercendo o mesmo livre arbítrio, optaram por conduzirem suas vidas de forma autônoma, em relação aos homens. E assim vão lutando, algumas parecendo bem sucedidas e outras não.

Ricardo e Mariza Resplandes

3. Conclusão. O plano de Deus para a humanidade ainda é o mesmo. E assim será, porque a Palavra de Deus é imutável e para sempre.

É possível que algumas mulheres vivam de forma independente e até pareçam ser bem sucedidas, mas a vida sozinha é muito difícil. É muito fácil de ver isso, observando os casais que se separam ou as viúvas que não decidem se casar novamente, ou até mesmo as mulheres solteiras que se tornam mães. Os filhos, que deveriam ser motivos de alegria, muitas vezes são vistos como obstáculos. A mulher precisa trabalhar para sustentar a si e a aos filhos, mas não tem com quem deixá-los, precisando relegá-los aos cuidados de outras pessoas, que não tem o mesmo carinho, o mesmo zelo e a mesma ternura que elas, como mães, teriam por eles.

Há crianças que passam o dia todo em creches, vindo apenas dormir em casa. Não há conversa desses filhos com a mãe. O diálogo entre eles se resume em algumas palavras, principalmente porque essa mulher-mãe trabalhou o dia todo e está cansada. E na maioria das vezes ainda tem que fazer mil e um trabalhos de casa. E ao final, depois de todo esse trabalho, ainda terá que dormir sozinha, sem o consolo e o abraço de alguém, ou então dormindo um dia com um e outro dia com outro, sem construir nenhum relacionamento sólido que possa trazer um pouco de alívio para a sua missão de vida.

É verdade que muitos relacionamentos não demonstram valer a pena, sendo carregados de sofrimento e decepção. Mas, provavelmente, tais relacionamentos não foram começados de acordo com a Palavra de Deus, mas segundo decisões desconexas do casal.

A vida a dois é melhor do que a vida sozinha, disso nós não temos nenhuma dúvida. Mas essas duas pessoas devem estar vivendo na sintonia divina, conforme o plano de Deus para o casal, com o homem tomando as decisões e a mulher ajudando-o a executá-las. Não quero dizer que o homem não possa ouvir a sua esposa antes de tomar a decisão. Sempre é bom se aconselhar antes de tomar uma decisão, seja com a esposa, seja com outras pessoas. Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam, Pv. 15:22.

A mulher, depois da vida, foi o maior presente que Deus deu ao homem. Ela é um tesouro sem igual para ele, que deve amá-la e valorizá-la da mesma forma que amar e valorizar a si mesmo.

O livre arbítrio continua sendo um princípio divino. As mulheres de todos os tempos, inclusive as deste século, tem toda a liberdade de decidirem o rumo de suas vidas, mas se desejarem uma vida harmônica e feliz, ouçam os conselhos da Palavra de Deus. Casem-se. Tenham filhos. Vivam em harmonia com seus maridos, ajude-os a cumprir suas respectivas missões e a construir um bom legado de vida para quando a velhice chegar para vocês.


Que Deus abençoe a todos e a todas.

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