terça-feira, julho 15, 2014

PASSEIO EM POUSO ALTO



FÉRIAS DE JULHO

I

PASSEIO EM POUSO ALTO, MUNICÍPIO DE TORIXORÉU, MT

Izaias Resplandes
  
Descansar é uma necessidade de todas as pessoas. Embora o trabalhar seja do homem, não vivemos apenas para trabalhar. Parafraseando Jesus, podemos dizer que nem só de trabalho vive o homem. 

Ao criar o homem, Deus o colocou em um jardim com a finalidade de guardá-lo e cultivá-lo. O homem deveria trabalhar nesse jardim, mas não deveria viver exclusivamente para isso. Seguindo o exemplo do Criador,  o qual depois de fazer o mundo em 6 dias descansou no sétimo dia, o homem também deveria descansar. Deus criou o sétimo dia para que o homem descansasse do seu trabalho.  Como disse Jesus, não foi o homem criado por causa do dia de descanso, mas o dia de descanso criado por causa do homem.
As férias, embora sejam instituídas pela legislação de nosso país, tem essas uma fundamentação bíblica muito interessante.  
Vejamos ...
Certa vez os discípulos de Jesus retornavam de uma missão.  Jesus, ao vê-los observou que muitos não tinham tempo nem para comer.  Então convidou-os para se retirar em um lugar à parte, para que pudessem descansar. Desse modo, nosso Senhor mostrava-lhes a importância de descansar de suas labutas  e trabalhos.
 Durante este mês de julho de 2014 minha esposa e eu tiramos férias de duas semanas. Na verdade, saímos no dia 27 de junho, de Poxoréu, a cidade onde moramos  Há muito tempo eu vinha sentindo o cansaço pesando sobre os meus  ombros.  E então decidimos viajar até o Estado de Goiás,  passando por Torixoréu, MT,  a cidade onde nasci e onde ainda vivem muitos de meus parentes,  como por exemplo,  tios e primos.
No município de Torixoréu  fizemos nossa primeira parada no povoado Pouso Alto,  onde encontramos o tio João Berocam, nosso velho tio Beró.  Ele estava passando uns dias na casa de sua filha Iraildes  e seu genro Ilton.  Ali também encontramos o irmão Simão,  genro de tio  Beró, esposo de Ilma, com seus dois pequenos filhos Michael e Eliel. E também o primo Nelson e a prima Iohana.
 Iraildes nos preparou um delicioso almoço, me mostrou sua  pequena horta, onde planta alface, cebolinha, tomate e outras cultivares. Tiramos fotos na horta.
Após o almoço, convidei tio Beró  e o primo Nelson  para nos acompanhar até a fazenda do nosso primo Zé,  filho de tio  Odílio.  O primo Zé tem duas fazendas na região do Pouso Alto.   
Fomos até a fazenda Cachoeira Alta, a qual tem esse nome por causa de uma cachoeira mais alta que uma casa, localizada bem próximo à sede da fazenda.  Infelizmente, não pudemos encontrar o primo Zé,  pois o mesmo estava trabalhando na outra fazenda.  Encontramos apenas Ana, sua esposa,  acompanhada de sua netinha  e da cunhada Juraci.
 Enquanto minha esposa Lourdes conversava com Ana, convidei o Nelson e o  tio Beró para irmos até a cachoeira.  Ali tiramos fotos magníficas, porque o lugar é muito lindo.
É claro que tive a oportunidade de tomar um delicioso banho nas águas daquele riacho. Muito frias aquelas águas, mas valeu a pena. O primo Nelson fez lindas fotos.  Belíssimas recordações do início de nosso passeio nestas férias escolares de julho de 2014.
 Saindo da casa de primo José do Odílio,  vamos até a casa da prima Valcenir,  filha de tia Creuza  e de tio Adão, irmão de minha mãe, já falecido.  Ela é casada com o André  e tem duas filhas.  Ao chegarmos na fazenda, onde vivem,  estavam trabalhando. A prima Valcenir estava moendo açafrão. Puríssimo! Amarelinho! Convidou-nos para sua casa.  Logo, logo chegou o seu esposo André acompanhado de seu irmão Rossano.  Depois também veio sua sogra, dona Fátima. A prima Valcenir se apressou em tomar banho e depois preparou-nos um delicioso lanche: pão caseiro, doces, leite, café e refrigerante. Após o lanche tiramos fotos para registrar o importante encontro.
E então iniciamos as despedidas para irmos embora,   mas André e Rossano  insistiram para que fôssemos ver a ordenha mecânica instalada na fazenda. Então fomos conhecer a tecnologia. Ali eles tiram o leite de 4 vacas de cada vez. Enquanto tiram o leite dessas, outras 4 ficam aguardando numa baia ao lado.  As vacas são muito mansas.  A filha mais nova da prima Valcenir  brinca com uma delas, acariciando sua cabeça.
 O leite retirado vai direto para um resfriador instalado ali mesmo. Todos os dias um caminhão de laticínio vem recolher o leite ali produzido. Ficamos entusiasmados com o sistema da ordenha mecânica, com o qual se garante a qualidade do leite produzido na fazenda.  Tio Beró nos chama para irmos embora. E, mais uma vez nos despedimos daqueles parentes e retornamos para Pouso Alto. Em Pouso Alto convidei o Nelson  para um passeio pelo povoado. Queria rever as casas, as pessoas e matar um pouco a saudade daquele lugar onde passei minha infância. Andamos pelas ruas da corrutela.  Tirei várias fotos daquelas casas que traziam lembranças saudosas para mim.   
Estive no lugar onde meu pai morou. Nossa antiga casa ficava ao lado do salão de festas, próxima ao seu Hermógenes. Depois subimos a rua em direção à igreja. No caminho, encontramos o primo Salvador, filho de dona Antonieta, esposa do Cesário, filho de Maria do Nhô Chico, irmã de meus bisavós Jerônimo e João Bem.  Ele foi meu colega de escola quando eu tinha por volta de oito ou nove anos. Conversamos.  Relembramos  aqueles tempos.
Ao passar em frente à igreja, recordei que uma vez havíamos tirado uma foto com todos os nossos colegas de aula ali em frente daquele templo, quando meu pai era professor ali. Éramos uns 50 alunos  estudando em uma sala multisseriada.
Da igreja convidei o primo Nelson para irmos até o córrego Marruais,  na antiga passagem de carro de bois,  onde tantas vezes passei como o candieiro de meu pai,  o qual além de professor era também carreiro naquela região.   
Quantas lembranças aquela passagem me trouxe. Acredito que eu não passava por ali há mais de 45 anos. A paisagem é linda, mas me pareceu que não tinha mais o brilho de minha infância. Alias, isso é uma coisa interessante.  As lembranças que eu guardava de Pouso Alto  antes de retornar ali há alguns anos era de que o lugar parecia ser um pouco maior.  Em minhas lembranças o povoado parecia ser um grande círculo de casas,  tendo no seu diâmetro, de um lado, a igreja católica e do outro, o salão de festas, o salão social da comunidade. Mas agora via que era bem menor. Eu acredito que essas dimensões estavam relacionadas com o meu tamanho. Como eu era pequeno, o lugar me parecia muito grande. E agora que eu cresci, o lugar assumiu suas dimensões reais, voltando a ser pequeno, como na verdade sempre fora.
 Da ida até o córrego Marruais  voltamos para casa da prima Iraildes,  a qual nos esperava já com o jantar pronto. Em nossos planos, iríamos jantar na casa de tia Leidiomar, nossa tia Leide,  lá no pé da serra, na casa onde nasci.  Mas como o jantar já estava pronto ali, fomos bem agradecidos e jantamos com eles.  A prima havia feito frango com guariroba, que nós chamamos de "gueroba" e que é o prato de nossos sonhos.
Depois do jantar, despedimo-nos de tio João Berocan, o qual o completou 79 anos no último dia 4 de julho de 2014 e também de seus filhos. Aí, sim, partimos para o Pé da Serra,  para a Fazenda da Mata,  aonde chegamos à noite.  Mesmo assim, tia Leide ainda nos esperava para o jantar. Tivemos que agradecer e deixar o jantar para outro dia porque havíamos comido bastante em Pouso Alto.
 Felizes por estarmos ali depois de um dia intenso de atividades, agradecemos a Deusfomos dormir.
 Esse foi nosso primeiro dia de férias no mês de julho de 2014. Um dia maravilhoso, o qual dificilmente esqueceremos. Obrigado Senhor por essas férias.

Um comentário:

Anônimo disse...

Amei essa conhecer essa história. De certa forma também viajei.tenho alguns parentes em Pouso Alto. Minha saudosa mãe Maria LEITE nasceu próximo a essa região; mais precisamente em Riacho de Areia.

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