Não se discute que a internet seja importante... Mas por outro lado, também não se pode esquecer que a família seja fundamental!
Prof. Izaias Resplandes
Nossos pensamentos isolados podem transformar nossa vida; um "somatório de idéias" pode transformar o universo em um lugar fantástico para todos os seres vivos.
“Maria Resplandes, de 77 anos, é uma das mais antigas representantes do clã em
Fernando Falcão. Ela disse ao JP que seu bisavô, João Resplandes, natural do
Ceará, foi um dos primeiros a chegar ao local em que hoje se situa o município,
estabelecendo uma rocinha. “Ele era galego do olho azul e se arranchou na casa
de um moreno, que tinha umas filhas moças. O moreno gostou dele e casou uma das moças com meu bisavô. Por isso, hoje a gente vê tanta gente morena de olho claro por aqui”, contou dona Maria”.
Manoel Resplandes de Araújo, um jovem cearense, natural da “Serra Grande”,
visitou o lugar em 1831, quando procurava terras férteis para ocupar e expandir
o rebanho bovino de gado, um próspero fazendeiro que habitava no povoado
conhecido como Machado, município de Mirador. Em abril de 1832, Manoel iniciou a ocupação das terras em companhia de sua esposa Bernardina, trazendo um rebanho de aproximadamente 80 cabeças de gado bovino. Sua residência foi construída no Alto do Canção (na entrada que vai para Rancharia), um lugar arejado que seria capaz de evitar a febre amarela, “impaludismo”, que era muito comum nas áreas alagadas do Brejo Grande e do Varjão.
Inicialmente, o fundador do lugar chamou-o de Jenipapo, pois havia grandes florestas de jenipapeiros na maioria dos vales. Somente em 1835, quando Barra do Corda foi fundada, Manoel Resplandes conseguiu aforar as terras do lugar em seu nome. Na hora de registrar o aforamento em nome do Manoel Resplandes de Araújo, o escrivão propôs que o nome fosse Jenipapo dos Araújos, mas Manoel preferiu que fosse Jenipapo dos Resplandes, por haver morrido para o Ceará e resplandecido na nova terra que o Senhor lhe deu.
O rebanho de Manoel prosperou rapidamente, pois a terra era fértil, com várzeas cobertas de pastagens nobre como a milha e a gitirana, apropriadas para a engorda do gado, pelo que se afirma que a ocupação do lugar teve sua origem
pastoril.
Do casal pioneiro (Manoel e Bernardina), nasceram 10 filhos, sendo oito homens e duas mulheres, cujos nomes são os seguintes: João Resplandes (o primogênito), Manoel Resplandes Filho, Gregório Resplandes, Adelino Resplandes, Beato Resplandes, Bento Resplandes, Alexandre Resplandes, Suzana Resplandes e Amélia Resplandes.
Atualmente (em 2002), a seqüência genealogia de Manoel Resplandes já vive a sua
sexta geração, sendo que 80% da população da atual cidade de Fernando falcão têm algum grau de parentesco com o fundador do lugar.
A segunda família a fixar residência definitiva no lugar foi a dos “Barbalhos”, cujo chefe era Francisco Barbalho, a quem Manoel Resplandes cedeu a parte superior do Suturno, por volta de 1845.
A terceira família que se agregou a Manoel Resplandes foi a de José Francisco de Sousa, que em 1848 fixou residência na localidade conhecida como Canto do Bacuri, onde ainda existe um poste com o seu nome às margens do Rio Alpercata.
A quarta família foi a dos Cavalcante, cujo chefe era João Cândido Cavalcante, que habitou no Moxotó.
A quinta família migrante foi a do senhor Firmo Resplandes de Araújo, irmão do próprio fundador do lugar, o qual habitou nas margens do Riacho Suturno. Essas famílias migraram do sertão nordestino, mais precisamente do Ceará, fugindo dos horrores da seca que assolou a região. Mas a partir de 1888, com a libertação dos escravos, o processo de habitação foi acelerado e as fazendas se expandiram nas terras devolutas e inexploradas. Por muito tempo a atividade pastoril era a única fonte de renda segura, sendo a agricultura uma a simples atividade de subsistência. Nesse período os fazendeiros mais ricos recebiam patentes de capitão e de major, conferidas pelo próprio povo, de acordo com a grandeza do rebanho de seus possuidores. Entre os agraciados com esses títulos, destacam-se Estevão Ferreira (do povoado Leandro) que recebeu a patente de capitão; Fernando da Mumbuca que recebeu a mesma patente, e Ladislau (filho de José Francisco de Sousa), o único a receber a patente de major, visto que possuía cerca de 600 cabeças de gado.
A hora do juízo Izaias Resplandes de Sousa Saudações aos queridos amigos que nos acompanham a partir de agora, durante essa n...