É certo que este é um dos temas mais
explorados de todos os tempos, mas que, mesmo assim, deve ser objeto de
reflexão constante pelas partes diretamente envolvidas – pais e filhos –, seja
de forma conjunta, seja de forma isolada, dada a importância exercida pela
família no contexto social. Trata-se de uma relação de mão dupla, onde os dois
lados envolvidos têm responsabilidades mútuas. É isso que a Bíblia nos ensina e
que procuraremos resgatar durante essa reflexão.
A Bíblia é a base moral e ética da
família ocidental. O cristianismo é a maior religião do ocidente. “Pais e
Filhos” é um tema bíblico. E é do livro sagrado que temos as primeiras
orientações acerca dessa relação. “Honra a teu pai e a tua mãe, como o SENHOR
teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem
na terra que te dá o SENHOR teu Deus” (Dt 5:16; Mc 10:19).
Honrar é ter orgulho, prazer,
satisfação, respeito, consideração. Aquele que não sente nada disso em relação
aos seus pais certamente não será uma pessoa feliz. Eu sei que muitos não
tiveram “pais” na verdadeira conotação que se gostaria de dar a
essa palavra, mas não se pode fazer da exceção a regra. Além disso, é muito difícil para um menino sobreviver sozinho. De forma que, mesmo indiretamente, cada um de nós teve alguém que se preocupou com a nossa existência. E por conta dessa preocupação, nós chegamos até esse estágio da vida. Nesse sentido poderemos dispensar o tratamento de pai a essa pessoa que se preocupou conosco, que fez alguma coisa, mesmo que pequena, para garantir o nosso lugar ao sol.
essa palavra, mas não se pode fazer da exceção a regra. Além disso, é muito difícil para um menino sobreviver sozinho. De forma que, mesmo indiretamente, cada um de nós teve alguém que se preocupou com a nossa existência. E por conta dessa preocupação, nós chegamos até esse estágio da vida. Nesse sentido poderemos dispensar o tratamento de pai a essa pessoa que se preocupou conosco, que fez alguma coisa, mesmo que pequena, para garantir o nosso lugar ao sol.
O pai não é somente o biológico, mas é
também. Aliás, embora muitos destes “biológicos” não fizeram nada mais do que
nos colocar no mundo, o que pode ser considerado muito pouco, é de destacar que
sem isso não existiríamos. De forma que, se temos satisfação de estar vivos e
de existir, então temos que ser gratos também a este pai biológico. Ele pode
ter feito muito pouco, mas fez, todavia, o essencial para que viéssemos ao
mundo. Não seríamos filhos de Deus se não fôssemos gratos até mesmo pelas
pequenas coisas que nos acontecem. Deus promete bênçãos até para quem der a um
de seus discípulos um simples “copo de água fria” (Mt 10:42). E certamente o
direito à vida vale muito mais do que um copo de água. Não nos esqueçamos
disso. Às vezes o nosso coração está tão amargo que não conseguimos ser bem agradecidos.
Deus não ensina os seus filhos a agir com amargura, mas com amor (Ef 4:26; Hb
12:15)
A Bíblia registra uma promessa de longa
vida para aquele que honrar seus pais. Não importa se sejam biológicos,
adotivos, espirituais ou apenas carismáticos. O que importa é que sejam pais,
que se preocupem hoje ou que alguma vez se preocuparam de alguma forma, com a
existência de alguém. Paulo faz esse destaque especial em Ef 6:2, dizendo que
esse ato de honraria “é o primeiro mandamento com promessa”.
Sobre essa questão de honraria. desejo dar um testemunho pessoal. Tenho três filhos maravilhosos: Fernando, Mariza e Ricardo. Todos estão chegando à maioridade, mas respeitando e valorizando as orientações que receberam de seus pais durante a adolescência de suas vidas. São estudiosos, trabalhadores e seguem junto conosco o “caminho, e a verdade e a vida” que nos conduz “ao Pai” (Jo 14:6). Quero acreditar que eles continuarão trilhando pelo “caminho que devem andar” (Pv 22:6), mesmo depois que Lourdes e eu tivermos partido desse mundo. Nós nos sentimos muito honrados e abençoados com os nossos filhos.
Sobre essa questão de honraria. desejo dar um testemunho pessoal. Tenho três filhos maravilhosos: Fernando, Mariza e Ricardo. Todos estão chegando à maioridade, mas respeitando e valorizando as orientações que receberam de seus pais durante a adolescência de suas vidas. São estudiosos, trabalhadores e seguem junto conosco o “caminho, e a verdade e a vida” que nos conduz “ao Pai” (Jo 14:6). Quero acreditar que eles continuarão trilhando pelo “caminho que devem andar” (Pv 22:6), mesmo depois que Lourdes e eu tivermos partido desse mundo. Nós nos sentimos muito honrados e abençoados com os nossos filhos.
Muitos filhos deixam os pais para
estudar, ou quando se casam. Diz a Bíblia que um dia “deixará o homem o seu pai
e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne”. Essa é
uma experiência necessária. Ao se casar, o jovem deve passar um tempo somente
com sua esposa, para se adaptar à vida a dois, para conhecê-la e também para
ser conhecido por ela. Isso não significa que nunca mais devam procurar seus
pais. Pelo contrário. A partir de um determinado momento, devem, inclusive,
assumir a responsabilidade por cuidar deles (1 Tm 5:8; Jo 19:27). Deus abençoa
os pais para fazerem o seu melhor por seus filhos e depois abençoa os filhos
para também fazerem o seu melhor por seus pais.
Nós temos sido abençoados sobremaneira.
Nada nos têm faltado (Ef 1:3). Sem dúvida alguma podemos dizer com Samuel que
“até aqui nos ajudou o Senhor” (1 Sm 7:12). E temos certeza de que Deus
continuará nos ajudando e nos abençoando, bem como aos nossos filhos para que,
em parceria, continuemos construindo nossas vidas conforme a sua vontade. Essa
é uma relação que deve acontecer não somente conosco, mas com todos os pais e
filhos, porque esse é o desejo de Deus para todos os seus.
Por outro lado, é de destacar que hoje,
além dos pais biológicos, todos nós temos um pai adotivo que é Deus e muitos
irmãos e mães. Como disse Jesus: “qualquer que fizer a vontade de meu Pai que
está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe”. Fazemos parte de uma família
espiritual, onde cada um se preocupa com cada um, sofrendo e se alegrando
conjuntamente. Com certeza existem muitas pessoas sozinhas neste mundo, mas não
existe crente sem ninguém. “Deus faz que o solitário viva em família; liberta
aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca”
(Sl 68:6). Cada crente deve honrar aquele que o encaminhou na vida espiritual
como se fosse seu pai (1 Tm 1:2; Tt 1:4; Hb 13:17). Deus aprecia aquele que é
bem agradecido pelo que recebeu (Lc 17:17) e haverá um coroa de honra para
aquele que soube honrar e valorizar os seus pais, caracterizada pela vida longa
e pelos cabelos brancos da velhice abençoada (Pv 16:31). Que todos nós possamos
recebê-la. Esse é o objetivo da instrução.
2 comentários:
Parabens! Dr. professor, escreveu com segurança de grande conhecimento, na arte de ser um exelente pai, parabens! Pelo pai que é e por ser bem sucedido na criação das seus filhos, todos tem muito conhecimento, e são sábios, e carinhosos, e muito determinados, na busca de seus objetivos.
Parabens! Garoto. Feliz! Dia dos pais. Um abraço.
Professor, você não é só bom matemático, mas também é escritor e poeta.
É muito bom ler seus escritos.
isa2
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