Primavera do Leste. Disponível em: <http://img.photobucket.com/albums/v245/BR364/Mato%20Grosso/MT>. Acesso em 31 maio 2009.
Izaias Resplandes
O diamante é um mineral, um cristal de carbono puro, a mais dura substância conhecida e que se formou em diversas partes do planeta. É uma pedra linda. Incomparável. Mesmo quem nunca o tenha visto será capaz de reconhecê-lo quando o ver. Vários países se destacaram pela sua produção. Botswana, na África, por exemplo, é considerado o maior produtor mundial de diamantes. Além disso, por conta da grande quantidade de pedras extraídas, algumas cidades ganharam o título de “Capital do Diamante”. Dentre essas, Antuérpia, na Bélgica, foi considerada como a Capital Mundial e, no Brasil, Lençóis, uma cidade baiana localizada na Chapada Diamantina ganhou o título nacional pela quantidade de pedras produzidas. E como não poderia deixar de ser, Poxoréu, essa tão querida cidade mato-grossense também conquistou o direito de ostentar o título de “Capital do Diamante”. Todavia, não apenas pela quantidade de gemas extraídas de suas entranhas, mas principalmente pela qualidade de seus diamantes. Parafraseando o imortal Gonçalves Dias, em sua “Canção do Exílio”, poderíamos dizer que os diamantes de lá não brilham como os de cá. Principalmente porque nossos diamantes não são apenas as pedras brilhantes que se extraem desse chão, mas são também as pessoas talentosas e criativas que têm brilhado de norte a sul desse país, como expoentes das mais diversas ciências e artes do que fazer humano. Nesse sentido, concordamos com o poeta upenino Joaquim Moreira, autor de “No meio das pedras há diamantes” e podemos dizer com ele que no meio das pedras que alicerçam as diversas construções desse país, físicas ou teóricas, há muitos diamantes oriundos desta cidade de Poxoréu, cujos diamantes se não são apenas pedras, se não são também somente homens, então são ainda cidades brilhantes.
Todo pai sente orgulho ao ver os filhos crescerem e se destacarem entre os demais. Fazemos festa quando nossos filhos formam, quando se casam, quando nos dão os primeiros netos... Isso não poderia ser diferente quando se trata de nossos primeiros povoados que foram crescendo, que viraram distritos e finalmente conquistaram a emancipação quando já possuíam as condições de caminhar com os próprios pés.
Desse modo, sempre falo com orgulho das vilas de Poxoréu que conseguiram se emancipar e que, hoje, como filhas virtuosas de muitas qualidades amparam sua velha mãe em suas necessidades, principalmente no que diz respeito às questões de saúde, trabalho e educação. É assim que vejo as cidades de Rondonópolis, Dom Aquino e Primavera do Leste. As filhas superaram a mãe, com certeza, mas não apenas porque cresceram e se multiplicaram em cumprimento à ordem do Criador e sim, porque qualquer delas jamais negou o abraço às suas origens. Um fato que comprova esse bom relacionamento ocorreu no dia 30 de maio de 2009, quando uma caravana de jovens primaverenses liderada pelas professoras Greicilene Tomasoni e Silvana Estela Soto Fávaro (última foto), do Centro de Ensino Integrado Cremilda de Oliveira Viana – CEICOV, esteve em Poxoréu executando o Projeto “Retorno às Origens”, buscando conhecer a gênese de sua cidade natal, Primavera do Leste. Na ocasião, os alunos prestaram uma homenagem à União Poxorense de Escritores – UPE, uma ONG cultural fundada em Poxoréu em 31 de março de 1988 e que atua “em defesa da arte e da cultura”. Os alunos do CEICOV declamaram poesias dos upeninos e lhes fizeram perguntas sobre a entidade. Além disso, ouviram diversos relatos sobre a história e o bom relacionamento entre as duas cidades, os quais foram feitos por Ájax Alves Gomes, Luís Carlos Ferreira, João de Sousa, Antônio Lélis de Azevedo Rocha, Gaudêncio Filho Rosa de Amorim, João Batista Cavalcante, Izaias Resplandes de Sousa, entre outros. A homenagem foi realizada no Plenário da Câmara Municipal de Poxoréu.
E então é isso. Essa não é a história de Primavera do Leste e nem tampouco das demais cidades circunvizinhas que se desmembraram de Poxoréu. Mas é, sem dúvida alguma, a pedra fundamental do progresso e do desenvolvimento dessa região. Os fazendeiros vieram para Mato Grosso desde os tempos coloniais e tem o seu mérito como desbravadores deste Estado, mas o que fez nascer as cidades e desenvolver o leste mato-grossense foi, inegavelmente, o sonho dos garimpeiros. Assim nasceu Poxoréu, Guiratinga, Tesouro e tantas outras cidades, as quais, por sua vez, desenvolvendo-se, serviram de força-motriz para o surgimento das novas urbes de Mato Grosso, como Rondonópolis e Primavera do Leste, apenas para se ter alguns exemplos. Esse também é o entendimento do escritor Luís P. Sabóia Ribeiro em seu “Caçadores de Diamante” sobre o nascimento de nossas cidades, “esse é um favor que o Brasil deve aos garimpeiros”.
Portanto, Primavera do Leste também tem uma origem garimpeira e seus diamantes não possuem menos brilho do que os nossos, porque são frutos da mestra catra, dos mesmos monchões e das mesmas grupiaras. Desse modo, deixo o seguinte “Recado de Poxoréu” ao jovem primaverense, que agora conhece que os fundamentos de sua história também estão ligados aos desta terra poxoreana. E então, jovem, “que tu a partir de agora, sejas diamante lá fora, na luta por Poxoréu. Diga ao mundo que é brilhante, na Capital do Diamante as bênçãos que vêm do céu”.
O diamante é um mineral, um cristal de carbono puro, a mais dura substância conhecida e que se formou em diversas partes do planeta. É uma pedra linda. Incomparável. Mesmo quem nunca o tenha visto será capaz de reconhecê-lo quando o ver. Vários países se destacaram pela sua produção. Botswana, na África, por exemplo, é considerado o maior produtor mundial de diamantes. Além disso, por conta da grande quantidade de pedras extraídas, algumas cidades ganharam o título de “Capital do Diamante”. Dentre essas, Antuérpia, na Bélgica, foi considerada como a Capital Mundial e, no Brasil, Lençóis, uma cidade baiana localizada na Chapada Diamantina ganhou o título nacional pela quantidade de pedras produzidas. E como não poderia deixar de ser, Poxoréu, essa tão querida cidade mato-grossense também conquistou o direito de ostentar o título de “Capital do Diamante”. Todavia, não apenas pela quantidade de gemas extraídas de suas entranhas, mas principalmente pela qualidade de seus diamantes. Parafraseando o imortal Gonçalves Dias, em sua “Canção do Exílio”, poderíamos dizer que os diamantes de lá não brilham como os de cá. Principalmente porque nossos diamantes não são apenas as pedras brilhantes que se extraem desse chão, mas são também as pessoas talentosas e criativas que têm brilhado de norte a sul desse país, como expoentes das mais diversas ciências e artes do que fazer humano. Nesse sentido, concordamos com o poeta upenino Joaquim Moreira, autor de “No meio das pedras há diamantes” e podemos dizer com ele que no meio das pedras que alicerçam as diversas construções desse país, físicas ou teóricas, há muitos diamantes oriundos desta cidade de Poxoréu, cujos diamantes se não são apenas pedras, se não são também somente homens, então são ainda cidades brilhantes.
Todo pai sente orgulho ao ver os filhos crescerem e se destacarem entre os demais. Fazemos festa quando nossos filhos formam, quando se casam, quando nos dão os primeiros netos... Isso não poderia ser diferente quando se trata de nossos primeiros povoados que foram crescendo, que viraram distritos e finalmente conquistaram a emancipação quando já possuíam as condições de caminhar com os próprios pés.
Desse modo, sempre falo com orgulho das vilas de Poxoréu que conseguiram se emancipar e que, hoje, como filhas virtuosas de muitas qualidades amparam sua velha mãe em suas necessidades, principalmente no que diz respeito às questões de saúde, trabalho e educação. É assim que vejo as cidades de Rondonópolis, Dom Aquino e Primavera do Leste. As filhas superaram a mãe, com certeza, mas não apenas porque cresceram e se multiplicaram em cumprimento à ordem do Criador e sim, porque qualquer delas jamais negou o abraço às suas origens. Um fato que comprova esse bom relacionamento ocorreu no dia 30 de maio de 2009, quando uma caravana de jovens primaverenses liderada pelas professoras Greicilene Tomasoni e Silvana Estela Soto Fávaro (última foto), do Centro de Ensino Integrado Cremilda de Oliveira Viana – CEICOV, esteve em Poxoréu executando o Projeto “Retorno às Origens”, buscando conhecer a gênese de sua cidade natal, Primavera do Leste. Na ocasião, os alunos prestaram uma homenagem à União Poxorense de Escritores – UPE, uma ONG cultural fundada em Poxoréu em 31 de março de 1988 e que atua “em defesa da arte e da cultura”. Os alunos do CEICOV declamaram poesias dos upeninos e lhes fizeram perguntas sobre a entidade. Além disso, ouviram diversos relatos sobre a história e o bom relacionamento entre as duas cidades, os quais foram feitos por Ájax Alves Gomes, Luís Carlos Ferreira, João de Sousa, Antônio Lélis de Azevedo Rocha, Gaudêncio Filho Rosa de Amorim, João Batista Cavalcante, Izaias Resplandes de Sousa, entre outros. A homenagem foi realizada no Plenário da Câmara Municipal de Poxoréu.
E então é isso. Essa não é a história de Primavera do Leste e nem tampouco das demais cidades circunvizinhas que se desmembraram de Poxoréu. Mas é, sem dúvida alguma, a pedra fundamental do progresso e do desenvolvimento dessa região. Os fazendeiros vieram para Mato Grosso desde os tempos coloniais e tem o seu mérito como desbravadores deste Estado, mas o que fez nascer as cidades e desenvolver o leste mato-grossense foi, inegavelmente, o sonho dos garimpeiros. Assim nasceu Poxoréu, Guiratinga, Tesouro e tantas outras cidades, as quais, por sua vez, desenvolvendo-se, serviram de força-motriz para o surgimento das novas urbes de Mato Grosso, como Rondonópolis e Primavera do Leste, apenas para se ter alguns exemplos. Esse também é o entendimento do escritor Luís P. Sabóia Ribeiro em seu “Caçadores de Diamante” sobre o nascimento de nossas cidades, “esse é um favor que o Brasil deve aos garimpeiros”.
Portanto, Primavera do Leste também tem uma origem garimpeira e seus diamantes não possuem menos brilho do que os nossos, porque são frutos da mestra catra, dos mesmos monchões e das mesmas grupiaras. Desse modo, deixo o seguinte “Recado de Poxoréu” ao jovem primaverense, que agora conhece que os fundamentos de sua história também estão ligados aos desta terra poxoreana. E então, jovem, “que tu a partir de agora, sejas diamante lá fora, na luta por Poxoréu. Diga ao mundo que é brilhante, na Capital do Diamante as bênçãos que vêm do céu”.
Fotos: Cleide Vivian (foto 1)
* Izaias Resplandes de Sousa, sócio-fundador da UPE – União Poxorense de Escritores é pedagogo, professor de Matemática e concluinte do curso de Direito na UNIC de Primavera do Leste, MT neste 1º semestre de 2009.
* Izaias Resplandes de Sousa, sócio-fundador da UPE – União Poxorense de Escritores é pedagogo, professor de Matemática e concluinte do curso de Direito na UNIC de Primavera do Leste, MT neste 1º semestre de 2009.
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